ADEUS


Eu tirei essa foto num lugar que chamo de recomeço. Nesse lugar da foto eu fechei um ciclo e iniciei outro. A cada fecho eu consigo perceber que me torno mais forte diante das adversidades da vida. Como quando a gente aprende uma fórmula em matemática ou física e com os exercícios vai aprendendo a resolver os problemas com menos dificuldade a cada tentativa. O sofrimento é uma fórmula e a cada problema que enfrentamos vamos nos tornando mais sábios.

Hoje, por exemplo, eu sei que

Somos obras de arte. Somos uma bela canção. O problema é que às vezes o outro está com os olhos e ouvidos tapados, não é capaz de ouvir ou enxergar. Mas eu acredito que todos somos incríveis, de alguma forma. E sei que ainda vamos encontrar quem admire nossa beleza e ouça nossa canção sem pausas, sem “mas”, sem medos. Eu acredito. E você?

Hoje eu consigo entender a diferença entre amor próprio e arrogância,
Querer e precisar,
Aprendi que amar de verdade é bem diferente de sentir saudades.
Aprendi que quem ama muitas vezes não fica e isso não é o fim.
Às vezes quem ama até faz que vai embora, mas caminha até o portão e dá meia volta.
Aprendi que ninguém é bom ou bonito demais para encontrar alguém.
E que eu sou capaz de recomeçar do zero, me reinventar.

Não, isso não sou eu fazendo drama ou querendo parecer um coitado. Cada palavra que escrevo são pulsares do coração, são pedaços de tudo que vivi que estão colados na mente.

Esse é só mais um Adeus, de muitos outros que hão de vir. Sim, porque tudo nessa vida se finda, nem nossa existência é eterna. Sempre haverá algo ou alguém partindo. 

Sempre haverá alguém que chega, fica um pouco e vai embora.

Haverá alguém que sempre “está chegando ou vai chegar”, mas nunca chega de fato. Esses nos poupam do ‘Adeus’.

Haverá alguém que chega e fica. Fica muito. Fica tanto que você até duvida que essa pessoa vá embora. Então, essa pessoa te deixa. Ou você a deixa. Ou ambos se deixam. De qualquer maneira, esse costuma ser um Adeus doloroso. Mas é o que nos torna mais fortes para o próximo.

Haverá alguém que já estava lá quando você chegou, e que uma hora vai embora. Esse você tem consciência, mas não espera. Esse Adeus costuma ser o mais difícil. Sem palavras.

Haverá alguém que vai chegar até o portão, mas nem sequer vai entrar.

Haverá alguém que vai chegar do nada e vai sair levando tudo. Esse Adeus costuma ser doloroso também, pois você se acostuma e passa a precisar de algo que você nem fazia ideia que existia, e do nada isso se acaba e você não tem de onde tirar, nada nem ninguém vai preencher aquele vazio por algum tempo.

Sempre haverá alguém.

E só mais uma coisa: não adie um Adeus. Não force a barra, não se destrua por coisas que não te elevam, não te fazem sorrir nem sentir falta. Você pode ir embora sempre que já tiver feito sua parte e você percebe que estar ali não faz mais sentido. Porque quando duas pessoas se afastam realmente é a mesma distância para que ambas se encontrem, como li por aí. Mas eu não sou obrigado a percorrer uma distância que não fui eu quem criei. Se você inventa uma distância até você, não pode esperar que as pessoas sempre corram atrás de ti, principalmente quando você claramente está seguindo sua vida e seu caminho está te levando para outros lados. Eu não faço mais isso, não é apenas minha responsabilidade me preocupar, mandar a primeira mensagem, ligar, ir atrás. Eu não permito mais que coloquem toda a carga nas minhas costas, cada um que arque com suas responsabilidades, escolhas e consequências.
Eu procuro sempre ser melhor do que fui ontem, eu mereço isso e você também.


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