Lógica do fazer poético
Tantas
coisas já ouvi dizer
Sobre
poesia e seu fazer
“Poesia?
Oh! É assim que se faz...”
E
nada disso me satisfaz!
Se
é vida, se é sentimentos
Se
é amor ou sua dor
Facúndia
alguma importa
Se
o escrever não implica em vontade
De
deitar-se na realidade
Para
descobrir a verdade
E
ser feliz...
Ideias
de Caeiro
Que
me fazem cogitabundo
Me
toma o peito
Uma
ânsia da imensidão do mundo.
E
as palavras me vêm
Elas
também me vêem
Me
assistem sempre que é preciso
Me
chamam e, eu, um pândego
Eu
as sigo...
Escrever
é rasgar o peito
Deixar
a alma gritar
Pois
a chave necessária
Para
quando no mundo das palavras penetrar
Está
recôndita num canto qualquer da mente
Basta
querer encontrar e saber perscrutar!
Mas
vontade é o que falta
Vontade
de voar...
Quando
for escrever
Sinta
como se
Pela
primeira vez respirasse
Como
um recém-nascido
Vivo,
puro, divino!
Despir-se
de hipocrisia
Também
é necessário
Do
contrário tudo é ilusão
E
todas as palavras caem mortas ao chão...
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